terça-feira, abril 25, 2006

É bom bem no ponto!

Não é bife,
mas,
é bom bem no ponto!,
tonto!,
sem nenhum desconto
pra não ficar no canto
bancando o xerife,
tomando conta
de quem tá pronto
pra aprontar,
e também sem acréscimo
pra não chegar
àquele péssimo ponto
em que o caminho manca
e vai aos trancos e barrancos,
tonto!,
entretanto,
só o bastante
pra dar uma gravata
no colarinho branco
e deixar o paletó sem ar,
mas não o patrão,
que não é bom
botar essa banca,
ser franco a esse ponto,
tonto o bastante
pra contar uma bravata,
autuar em flagrante
letra e melodia
e tirar de letra
a euforia da mulata,
nunca tonto
a ponto de sair do sério,
perder o critério
e cair em qualquer conto,
até no mais banal,
como o conto da vestal
recém-saída da clausura
que censura
essa vida mundanal,
e cair
sem nem sacar
a pala que lhe deu o adjunto,
o adnominal,
sem sacar que a vestal
da fala se valeu
pra chegar junto
e encobrir o ato falho,
tonto sim!,
mas não assim,
a ponto de virar paspalho
e cair num conto tão chinfrim!