De tudo sou capaz,
aliás,
de quase tudo,
com o direito na mão,
sou um camicase
e luto feito um leão,
sedento,
com ele disputo
gole a gole a água do rio,
com fome,
não há urso
que o salmão me tome,
quando me dá na veneta,
enfrento o desafio
e discurso pelo planeta,
e critico meio mundo,
e critico feio o terceiro
o segundo e até o primeiro escalão,
pois é,
qualquer peleja eu encaro,
já remei até
com colher de sopa
e espantei
baleia e tubarão
com pontapé na popa
e os meus salvei da cheia,
ou seja,
sou capaz de tudo,
aliás,
sou capaz de quase tudo
que mulher feia
e cerveja quente
não encaro
nem pela minha gente!