quinta-feira, outubro 06, 2005

Assim não dá!

Mulher,
me amarro em você,
mas,
vai por mim,
assim não dá!,
não dá não!,
é sarro, esfregação,
amasso, beijo, abraço,
desejo gemido
ao pé do ouvido
que a gente
chamega sem parar,
entretanto,
na hora H,
você sai fora,
alega
quebranto difuso,
se apega a fuso horário,
pega a falar
de ovário confuso
e me deixa a perigo,
literalmente na mão!,
qual é,
mulher,
assim não dá não!,
não há quem agüente,
você vai acabar
acabando comigo!,
se você quiser,
a gente até se casa,
e sua vida
vai ser conto de fada,
casa, comida, empregada,
carro caro e chofer,
eunuco,
é claro,
que não sou maluco!,
e você
nunca mais
vai andar lisa
que conta e cartão
não vão ter limite,
você só precisa
aceitar meu convite
e ser a rainha
da minha bateria
e do meu carnaval,
e desfilar
do quarto pra sala,
da sala pra cozinha
e da cozinha pro quarto
com aquele salto alto
e sua fantasia natural!,
e mais,
pode fazer
a arte que você quiser,
mulher,
que eu vou atrás
sem perder teu passo
e o compasso do teu samba
que sou bamba nessa parte!