quarta-feira, outubro 26, 2005

Que ironia!

Que ironia!,
é de pura madeira
o manípulo do machado
que sem nenhum dó cesura o tronco!,
que ironia!,
é o nó do coração
abafado pelo ronco do canhão
que desata a paz e a faz virar bandeira!,
que ironia!,
ser sempre capaz
de ser um tenaz discípulo
é que é do bom mestre o grande dom!,
que ironia!,
é diante dos cacos
que o ser consegue preceber
qual é, por inteiro, a sua real dimensão!,
que ironia!,
é na força da mão
ao irmão mais fraco concedida
que a gente conhece o forte verdadeiro!,
que ironia!,
a marca registrada da vida
não é a chegada,
mas a partida!