quinta-feira, novembro 17, 2005

Viva! el ouro!

Viva! el ouro,
el ouro, viva!,
não esse ouro de veio,
mina ou jazida,
tirado por meio de metal
terminado em bisel
e que exaspera a gana,
a cobiça do abutre
e atiça a miséria humana,
viva! el ouro
de veias e artérias
do qual estão cheias
as esquinas da vida
e que cai do céu
quando menos se espera,
viva! o ouro
que emana da centelha,
da razão quando prevalece,
resplandece e ilumina,
viva! el ouro
de muitos quilates
que alimenta e nutre,
banana, mel de abelha,
e o do açafate que enfeita,
viva! el ouro
que nos aquece
quando amanhece
e que nos prateia quando se deita,
viva! todo e qualquer ouro
que não careça de guarda e forte,
todo e qualquer ouro
que não escureça
nem encarda o peito,
todo e qualquer ouro
que não seja feito essa armadilha
que consome o homem,
leva o homem à pilha e à morte!