domingo, maio 01, 2005

Fã da vida

Sou de lutas,
de disputas,
sou da lida,
que a labuta não me cansa,
nem perco a esperança,
a crença no amanhã,
sou fã da vida,
sou criança solta ao vento
sem licença nem censura,
estou atento ao verso,
que é o inverso da clausura,
sou liberto na mistura,
que raça pura é algema
e não tem tanta graça,
trago o peito aberto
a credos, templos, ritos,
a dúvidas e dilemas,
quem pelo bem tem devoção,
não se perde no conflito,
acredito na alforria,
libertação de terras, de gentes,
sementes de paz,
e muito mais
na magia do ser
que encerra seres
tão igualmente distintos,
sinto prazeres
que a razão desconhece,
que só os merece a emoção,
e por você,
meu irmão,
irmã querida,
sinto um grande ardor,
que os fãs da vida,
assim como eu,
lutam, disputam, lidam por amor!