segunda-feira, dezembro 01, 2008

É tempo de festas

É tempo de festas,
de libertar o afeto
e confraternizar,
é tempo
de dar um passo
pra desatar um nó
e deixar um laço no lugar,
de trocar
desprezo por abraço,
é também
o tempo certo
pra aparar as arestas,
pra soltar direto
e de maneira franca
o que está preso na alma
e até bem coberto de pó,
mas,
com calma
e bandeira branca
que a verdadeira balança
nessa terra ninguém tem
e só o dialeto da paz
é capaz
de acordar o irmão
que o desafeto
encerra no peito,
aproveita o Natal,
a emoção, a chama e a graça,
enfeita o coração,
beija, abraça e festeja
tal qual faz a criança,
e canta a canção
de quem ama
e na insensatez
quer dar um jeito
pra esperança
não perder de vez!