Se não tiver importância,
mas,
importância real,
e no meu rol não estão
ouro, desaforo e xingação,
nem sequer amante da mulher!,
faço que não é comigo
e adiante sigo em paz,
e tem mais,
não peço satisfação
e o passo apresso
pra ganhar distância,
e não fico na bronca
que ao aparelho digestivo
bronca não faz nenhum bem,
mas,
não é conselho não,
meu rapaz,
que sou vivo o bastante
pra não dar conselho a ninguém,
pra todos os efeitos,
é uma explicação
de quem já andou bem mais,
porém,
se gostar,
use e abuse,
direitos autorais
garanto que não vou cobrar!
quinta-feira, novembro 26, 2009
segunda-feira, novembro 23, 2009
Ida e volta
É a ida de casa pra lida,
é a lida de sol a sol,
é a volta da lida pra casa,
e marmita
e manchete de jornal,
a saída é a birita
que tudo,
tudo é reprise!,
a alta da comida,
o material que falta
no colégio e no hospital,
e uma vaga é um privilégio!,
o trem é uma praga,
o das cinco passa às sete,
e vem cheio,
e a gente entra na raça,
e brinco
no meio da massa
pra evitar uma crise,
mas,
o patrão tem
e grita
com quem se atrasa,
a gente não
e não chama atenção,
bem perto,
o asfalto se inflama,
é mais um assalto
e ninguém,
ninguém vai
atrás do pivete
que se faz de esperto
e anda calmamente
porque já tem fama
e já manda no bando
e na mão tem uma nove
e nem nove ele tem...
começou cedo no vício,
partiu pro ofício
e indício foi deixando,
mas,
ninguém viu!...
eu também não vi,
tive medo de ver
e de conhecer o guri,
hoje chove ou não chove?,
e o meu time?,
outra vez vai ser vice
e aquele outro time
de novo vai ser campeão?,
e mais uma vez o povo
vai me chamar de freguês?,
faço que não dou bola,
mas,
essa gozação me deprime,
e minha escola?,
será que dessa vez
vai chegar em primeiro?,
se não chegar,
por favor,
não me usem
pra explicar o fracasso,
não acusem de velhice
meu passo e meu pandeiro,
como é íngreme!,
como é íngreme essa ladeira!,
besteira!,
Zé,
não desanime!,
mais de um doutor já disse
que nosso motor é de primeira!
é a lida de sol a sol,
é a volta da lida pra casa,
e marmita
e manchete de jornal,
a saída é a birita
que tudo,
tudo é reprise!,
a alta da comida,
o material que falta
no colégio e no hospital,
e uma vaga é um privilégio!,
o trem é uma praga,
o das cinco passa às sete,
e vem cheio,
e a gente entra na raça,
e brinco
no meio da massa
pra evitar uma crise,
mas,
o patrão tem
e grita
com quem se atrasa,
a gente não
e não chama atenção,
bem perto,
o asfalto se inflama,
é mais um assalto
e ninguém,
ninguém vai
atrás do pivete
que se faz de esperto
e anda calmamente
porque já tem fama
e já manda no bando
e na mão tem uma nove
e nem nove ele tem...
começou cedo no vício,
partiu pro ofício
e indício foi deixando,
mas,
ninguém viu!...
eu também não vi,
tive medo de ver
e de conhecer o guri,
hoje chove ou não chove?,
e o meu time?,
outra vez vai ser vice
e aquele outro time
de novo vai ser campeão?,
e mais uma vez o povo
vai me chamar de freguês?,
faço que não dou bola,
mas,
essa gozação me deprime,
e minha escola?,
será que dessa vez
vai chegar em primeiro?,
se não chegar,
por favor,
não me usem
pra explicar o fracasso,
não acusem de velhice
meu passo e meu pandeiro,
como é íngreme!,
como é íngreme essa ladeira!,
besteira!,
Zé,
não desanime!,
mais de um doutor já disse
que nosso motor é de primeira!
quarta-feira, novembro 18, 2009
Não é queixa não
Não é queixa não,
gente,
é constatação,
o tempo tá tão quente
que o pessoal do deixa-disso,
o do tempo
da bandeira branca
pra rasteira e bofetão,
simplesmente se fundiu,
ou será...
bem,
deixa pra lá,
e o pessoal que chegou,
e tem bacana e joão-ninguém,
chegou botando banca
e decidiu
dar sumiço no pendão
e usar tecnologia de ponta
pra atualizar o tempo-quente,
e ataca,
saca, aponta e faz fogo,
e não alivia
jogo do infantil,
gincana de madame
e certame em maternal,
e nesse clima
mais tropical a cada dia,
já se vê
babá de capacete
e colete à prova de bala
por cima do avental,
aliás,
já se fala
em fazer desova
em carrinho de bebê
pra evitar
aquele toque
comercial demais
do carrinho de mercado
e também pra pegar
um bocado dessa onda,
dessa onda de dar choque!
gente,
é constatação,
o tempo tá tão quente
que o pessoal do deixa-disso,
o do tempo
da bandeira branca
pra rasteira e bofetão,
simplesmente se fundiu,
ou será...
bem,
deixa pra lá,
e o pessoal que chegou,
e tem bacana e joão-ninguém,
chegou botando banca
e decidiu
dar sumiço no pendão
e usar tecnologia de ponta
pra atualizar o tempo-quente,
e ataca,
saca, aponta e faz fogo,
e não alivia
jogo do infantil,
gincana de madame
e certame em maternal,
e nesse clima
mais tropical a cada dia,
já se vê
babá de capacete
e colete à prova de bala
por cima do avental,
aliás,
já se fala
em fazer desova
em carrinho de bebê
pra evitar
aquele toque
comercial demais
do carrinho de mercado
e também pra pegar
um bocado dessa onda,
dessa onda de dar choque!
segunda-feira, novembro 09, 2009
Creia em mim
Vá por mim
que como é eu sei bem
que também já fui assim,
moço carente
de cautela e cuidado
e inundado de alvoroço
que ia em frente sozinho
e trela e bola
não dava a ninguém,
nem ao Cartola,
e não tinha quem me desse,
acontece
que você tem!,
e sei que conhece
“O mundo é um moinho”,
e miragem
era o norte do moço
que era seu forte
seu fraco pela quimera,
e mergulhava
de foz em fora,
e a toda hora
me quebrava
no fundo do poço,
e sozinho
caco após caco
catava e colava,
mas,
queixa e cicatriz
a colagem sempre deixa!,
portanto,
por favor,
ouça o que se diz
a respeito de andor
e de santo de louça,
e vá adiante
com jeito e bem passo,
não tanto
como hoje faço
porque dos vinte
já estou bem distante,
mas,
creia em mim
porque definitivamente
sou seu amigo,
e o maior!, o melhor! e o mais antigo!,
é no minuto presente
que o seguinte a gente semeia
e não dá bom fruto semente ruim!
que como é eu sei bem
que também já fui assim,
moço carente
de cautela e cuidado
e inundado de alvoroço
que ia em frente sozinho
e trela e bola
não dava a ninguém,
nem ao Cartola,
e não tinha quem me desse,
acontece
que você tem!,
e sei que conhece
“O mundo é um moinho”,
e miragem
era o norte do moço
que era seu forte
seu fraco pela quimera,
e mergulhava
de foz em fora,
e a toda hora
me quebrava
no fundo do poço,
e sozinho
caco após caco
catava e colava,
mas,
queixa e cicatriz
a colagem sempre deixa!,
portanto,
por favor,
ouça o que se diz
a respeito de andor
e de santo de louça,
e vá adiante
com jeito e bem passo,
não tanto
como hoje faço
porque dos vinte
já estou bem distante,
mas,
creia em mim
porque definitivamente
sou seu amigo,
e o maior!, o melhor! e o mais antigo!,
é no minuto presente
que o seguinte a gente semeia
e não dá bom fruto semente ruim!
Assinar:
Postagens (Atom)