quinta-feira, setembro 20, 2007

A janela

Nada sei dessa janela,
absolutamente nada,
nem sei se é real ou não,
nunca sei extamente
se está aberta ou fechada,
e se bem ou se mal,
nem se tudo ou nada revela,
não sei nem
se, como toda janela,
tem vidro,
aduela, adufa, tramela,
armela, batente,
nem sei se tem
cremona ou ferrolho,
na verdade,
nem sei se é tela ou foto,
contudo,
boto o olho nela
que a curiosidade
sempre disperta em mim,
é assim,
não sei nada dessa janela,
absolutamente nada,
não sei nem se é real ou não,
nunca sei extamente
se está aberta ou fechada,
e se bem ou se mal,
se tudo ou nada revela,
não sei nem
se, como toda janela,
tem vidro,
aduela, adufa, tramela,
armela, batente,
nem sei se tem
cremona ou ferrolho,
não sei nem se tem cor,
e se tem,
não sei se é branca, amarela
ou se tem
outra cor qualquer,
francamente,
não sei quando é franca,
quando banca a sincera,
mas mente e faz trapaça,
nem quando não é mais
do que mera devassa,
aliás,
não sei nada dessa janela,
não sei nem
se é uma vera janela
ou se de uma quimera não passa!