Rio e souRio
de Janeiro a Janeiro,
souRio
com esse meu Rio
que tem o dom de sorrir,
e sorri
um sorriso de primeira
da feira de Acari à Cobal do Leblon,
e sorri em Arcos,
o marco da Lapa,
e sorri na sé do Outeiro
que do sorriso é a Glória,
e, no mapa do sorriso,
sorri história no Paço Imperial,
e sorri de rombo e de tombo
como sorriu a República
do escorregão na Ilha Fiscal,
mas,
a coisa pública
ainda vai indo de mão em mão!,
mas o Rio
dá o sorriso por cima,
quem já deu
sorrisos secos e molhados
na velha Primeiro de Março,
dentifrício da Granado,
quem saçaricou sorrisos
na porta da Colombo
e foi um assombro,
não desanima,
dá gosto sorrir assim,
e dá até pagando imposto!;
e inunda o Rio
o sorriso Carnaval,
sorri cuíca,
sorri tarol,
sorri tamborim,
e o Rio faz Chacrinha pra sorrir,
buzina sorrisos e não desafina,
e a todo instante
desata a sorrir
o fascinante sorriso-mulata;
assim é o Rio,
sorri Blecaute,
sorri Risadinha,
e o sorriso do Rio
a nocaute não vai não;
define bem o Rio
o sorriso Lamartine,
um sorriso, um hino,
um hino, um time,
um time, uma paixão;
o Rio é bamba
e sorri samba em Vila Isabel,
Noel sorri “Palpite infeliz”,
"Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira,
Oswaldo Cruz e Matriz
quem sempre sorriram muito bem";
e o meu Rio
desfila sorrisos pela Sapucaí,
sorri pelo calçadão
da Princesinha do Mar,
no Mercadão de Madureira,
e a Praça da Bandeira fica cheia,
e sorri tatuí,
sorri sardinha,
sorri baleia,
e, quando
já não dá mais pé,
o Rio sobe
a escadaria da Penha,
e a gente
aproveita a maré
e sobe com o Rio e ora,
e a prece é feita com fé,
e como a coisa melhora!;
depois,
o Rio desce e se embrenha
no meio da Central do Brasil
e sorri com garra:
"Cidade Maravilhosa
cheia de sorrisos mil",
e o mar de sorrisos não para,
vem lá do Recreio,
passa pela Barra,
São Conrado,
Ipanema,
Baía de Guanabara,
é o Rio,
sorriso-Atlântico,
romântico poema;
mas,
de repente,
aquele sorriso-aviso:
"sorrisos ao alto",
e assalta a gente
um sorriso banguela
no asfalto da Cancela,
é meio-dia e quinta-feira,
e sorri assim
dá até tremedeira,
e não quero morrer de rir,
por favor,
São Cristóvão,
ouça meu sorriso-oração
e guie esse sorriso-aviso
pois ninguém
o está guiando por aqui!;
mas,
o Rio vai à forra
quando jorra
algum “Biggs” sorriso por aí,
como o do gringo,
e o sorriso dele não foi mixo!,
e, em cada esquina,
o Rio sorri
bingo, bicho, sena, quina,
e, quando a bola
rola redondinha,
o Rio sorri
seu sorriso-Maracanã,
ah!,
meu Rio,
como é bom
ouvir esse bom-dia
que sorri sua manhã,
como é bom
sentir sua tardinha
sorrindo poesia e amor,
ah!,
meu Rio,
como é bom
sonhar com seu sorriso
de Janeiro a Janeiro,
souRio
com esse meu Rio
que tem o dom de sorrir,
e sorri
um sorriso de primeira
da feira de Acari à Cobal do Leblon,
e sorri em Arcos,
o marco da Lapa,
e sorri na sé do Outeiro
que do sorriso é a Glória,
e, no mapa do sorriso,
sorri história no Paço Imperial,
e sorri de rombo e de tombo
como sorriu a República
do escorregão na Ilha Fiscal,
mas,
a coisa pública
ainda vai indo de mão em mão!,
mas o Rio
dá o sorriso por cima,
quem já deu
sorrisos secos e molhados
na velha Primeiro de Março,
dentifrício da Granado,
quem saçaricou sorrisos
na porta da Colombo
e foi um assombro,
não desanima,
dá gosto sorrir assim,
e dá até pagando imposto!;
e inunda o Rio
o sorriso Carnaval,
sorri cuíca,
sorri tarol,
sorri tamborim,
e o Rio faz Chacrinha pra sorrir,
buzina sorrisos e não desafina,
e a todo instante
desata a sorrir
o fascinante sorriso-mulata;
assim é o Rio,
sorri Blecaute,
sorri Risadinha,
e o sorriso do Rio
a nocaute não vai não;
define bem o Rio
o sorriso Lamartine,
um sorriso, um hino,
um hino, um time,
um time, uma paixão;
o Rio é bamba
e sorri samba em Vila Isabel,
Noel sorri “Palpite infeliz”,
"Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira,
Oswaldo Cruz e Matriz
quem sempre sorriram muito bem";
e o meu Rio
desfila sorrisos pela Sapucaí,
sorri pelo calçadão
da Princesinha do Mar,
no Mercadão de Madureira,
e a Praça da Bandeira fica cheia,
e sorri tatuí,
sorri sardinha,
sorri baleia,
e, quando
já não dá mais pé,
o Rio sobe
a escadaria da Penha,
e a gente
aproveita a maré
e sobe com o Rio e ora,
e a prece é feita com fé,
e como a coisa melhora!;
depois,
o Rio desce e se embrenha
no meio da Central do Brasil
e sorri com garra:
"Cidade Maravilhosa
cheia de sorrisos mil",
e o mar de sorrisos não para,
vem lá do Recreio,
passa pela Barra,
São Conrado,
Ipanema,
Baía de Guanabara,
é o Rio,
sorriso-Atlântico,
romântico poema;
mas,
de repente,
aquele sorriso-aviso:
"sorrisos ao alto",
e assalta a gente
um sorriso banguela
no asfalto da Cancela,
é meio-dia e quinta-feira,
e sorri assim
dá até tremedeira,
e não quero morrer de rir,
por favor,
São Cristóvão,
ouça meu sorriso-oração
e guie esse sorriso-aviso
pois ninguém
o está guiando por aqui!;
mas,
o Rio vai à forra
quando jorra
algum “Biggs” sorriso por aí,
como o do gringo,
e o sorriso dele não foi mixo!,
e, em cada esquina,
o Rio sorri
bingo, bicho, sena, quina,
e, quando a bola
rola redondinha,
o Rio sorri
seu sorriso-Maracanã,
ah!,
meu Rio,
como é bom
ouvir esse bom-dia
que sorri sua manhã,
como é bom
sentir sua tardinha
sorrindo poesia e amor,
ah!,
meu Rio,
como é bom
sonhar com seu sorriso
nos braços do Redentor!