segunda-feira, dezembro 28, 2009

Sou capaz de quase tudo

De tudo sou capaz,

aliás,
de quase tudo,

com o direito na mão,
sou um camicase
e luto feito um leão,

sedento,
com ele disputo
gole a gole a água do rio,

com fome,
não há urso
que o salmão me tome,

quando me dá na veneta,
enfrento o desafio
e discurso pelo planeta,

e critico meio mundo,

e critico feio o terceiro
o segundo e até o primeiro escalão,

pois é,
qualquer peleja eu encaro,
já remei até
com colher de sopa
e espantei
baleia e tubarão
com pontapé na popa
e os meus salvei da cheia,

ou seja,
sou capaz de tudo,

aliás,
sou capaz de quase tudo
que mulher feia
e cerveja quente
não encaro
nem pela minha gente!