segunda-feira, agosto 28, 2006

Você tem o monopólio de mim

Quando olho e não te vejo,
fico mal
porque o afogo
me toma e consterna,
me deixa de perna bamba,
é um tal de pré-coma,
segundo um amigo,
aí,
por mais
que todo mundo torça,
eu não ligo,
e meu samba
vai ficando sem raça,
graça e molejo,
quando olho e não te vejo,
eu fico sem força
que você
é minha inspiração,
e acabo bebendo,
e a bicha
dá cabo do meu fogo
que fica mixa que só vendo,
se jogo,
jogo por jogar,
é um jogo sem desejo,
e me dá aflição
só de pensar em prorrogação,
caramba!,
meu bem,
eu me rendo,
você tem
o monopólio de mim,
por isso,
quando olho e não te vejo,
ficamos assim:
sem viço meu samba
e eu
de perna bamba!