quarta-feira, agosto 20, 2008

Que confusão caótica!

O pleonasmo tautológico
me permita,
gente minha,
que é lógico fruto
do meu bruto
e psicológico pasmo,
que confusão caótica!,
e começou
exatamente no momento
em que aquela diva,
viva como ela só
e mais erótica que rainha
em visita ao parlamento!,
deu espetáculo
e exibiu o que não devia
sem dó do seu consorte,
consorte!
que ironia do vernáculo!,
bem,
encurtando o relato,
quando o consorte viu,
acabou-se o que era doce
e a dança
virou briga de foice,
que o diga quem
entrou no picadeiro
e participou do prélio,
dama, cavalheiro,
velho e até criança,
e o consorte
deu chifrada, marrada,
e teve cama-de-gato,
passo de capoeira,
soco pra lá, soco pra cá,
e rasteira e pontapé,
e chave de braço e de perna,
e, o que é pior,
teve até chave
proibida pra menor,
e o local
parecia até um forno
de tanto que a baderna
ardia em torno do brigão,
todavia,
pra admiração geral
e qual apito de juiz
acaba com a partida,
no ato
acabou com a zorra
o grito forte
de uma senhora recatada
e calada até então:
“porra! que corno chato!”;
e, na hora,
o pessoal pediu bis
e, em coro,
caiu na gargalhada,
e o consorte caiu no choro!