quarta-feira, junho 07, 2006

Sou essa mistura!

De fato,
sou essa mistura!,
mistura
misturada a contento
no momento exato,
a contento e exato pra mim,
aliás,
pelo que sei,
é sempre assim...
e não sei mais nada...
não sei
se fui exuberante fagulha
num contato faiscante
ou uma agulha
que achou no palheiro
alguém que nem procurava,
pra ser verdadeiro,
não posso nem dizer
se havia um intento,
se havia,
se do intento eu constava,
não posso nem dizer
‘do intento saí tanto por cento’,
pois é,
o tanto que sei
é que sou essa mistura,
e, desde então,
me misturei por aí,
às vezes,
a intenção até foi boa,
e daí?!,
se sequer sei dizer
em quanta mistura
me misturei,
mistura de fato,
e, quando ocorreu
de fato mistura,
sequer sei dizer
se foi meio a meio,
se valeu,
se não foi mistura
misturada à toa!,
mistura de nada!,
enfim,
sou assim e só sei dizer:
sou essa mistura!