segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Tenho dezoito só!

Não me venha
com essa besteira
de “cresça e apareça,
dê tempo ao tempo,
quem avisa amigo é”;
não precisa me avisar,
quero jogar o jogo,
botar lenha na fogueira
e o fogo toco se precisar,
e quero mais, muito mais,
meu amigo,
quero meu bloco,
minha passeata
e encarar tapa e bofetão
com faixa, brado e cartaz,
cabeça baixa
não é comigo não,
quero ir à cata do amor
e, tal qual camelô,
oferecer paixão
plantado no meio
da avenida da vida
sem ter receio do rapa,
e ser o pivô da disparada,
quero ser
o melhor amante,
e com meu suor
cobrir a minha amada,
quero ser
comandante do meu barco
e navegar e no mar
ser um marco importante,
por favor,
tenha dó,
não me venha com essa,
não me peça
pra não ser afoito,
tenho dezoito só!