quarta-feira, junho 01, 2005

Paz

Quero a chama da palavra certa,
certa palavra
que desperta a indulgência,
mas não se dobra nem se verga,
covardia não alberga
nem valentia cobra;
quero a chama da palavra certa,
certa palavra
que alerta a consciência
e a inflama,
que traduz a olímpica flama
e traz luz infinita à alma;
palavra bendita
que acalma revoltas e sedições,
solta as tensões,
alivia as algemas,
clama justiça
sem desforra, sem vingança;
quero certa palavra,
a esperança da palavra certa,
palavra-poema
que jorra do coração
e atiça a voz da razão em todos nós,
quero essa palavra,
nada mais,
a palavra que a guerra encerra,
Paz!