segunda-feira, abril 18, 2005

Na bunada não vai dinha?!

Qual é,
na bunada não vai dinha,
só na minha?!,
vivem traçando o meu,
eu estou até
sentando de lado,
dormindo de bruços,
tenho mudado de cerveja
qual o pinguço da piada,
e nada,
e tome dor, coceira, ardor, brotoeja,
coisas de quem come
comida apimentada,
e logo eu que vivo de dieta,
pois me obriga,
me afeta a conjuntura,
e tenho tentado de tudo,
compressa, ungüentos,
figa, benzedeira, simpatia,
promessa, banho de assento,
e não jogo água fora da bacia,
que não sou do ramo,
tenho usado ervas, plantas,
emplastro, garrafada da Bahia,
e nada adianta,
nada me cura,
só me falta tentar
o boca santa da pilhéria,
que miséria,
não livram a minha cara,
nem me tiram do cadastro
apesar dos meus reclamos,
isso é tara,
pois ela é tão batida,
enrugada, esturricada,
que outra tão feia,
tão mal dividida
nunca mais foi fabricada,
e sequer posso dizer
que unindo as duas bandas
eu consiga fazer uma,
se tanto, faço meia,
e sem segundas intenções,
pois não sou chegado,
qual é,
na bunada não vai dinha,
só na mimha?!