terça-feira, julho 12, 2005

Cantos das colheitas

Quando o fruto cresce,
amadurece
e, por fim,
enjeita o galho,
se espalha
o verso da natureza
no canto da colheita,
olha a mexerica no pé,
e framboesa,
e amora
e café,
olha a fé no trabalho,
a hora,
o tempo de colher,
que agora o peito encerra
o sorriso da terra,
cor,
odor,
o sabor do prazer
feito com amor e suor,
com as próprias mãos,
e sequer faltou oração,
além da esperança
que brota do solo,
só uma coisa é melhor,
o homem mais quer,
colher no colo
e cantar e ninar a criança
que semeou com a mulher!